G1
Uma família foi presa na sexta-feira (7) em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, suspeita de matar as irmãs Rosiane Ferreira Sampaio, de 30 anos, e a irmã dela, Tayanara Sampaio de Miranda, de 21 anos, no mês passado. As duas mortes ocorreram em um intervalo de 15 dias e, segundo a Polícia Civil, teriam relação com outras duas mortes ocorridas no município. Padrasto e enteado foram mortos em junho e julho deste ano.
Os quatro assassinatos teriam sido cometidos por causa de uma briga judicial entre os suspeitos e a dona da casa em que eles moravam, em Peixoto de Azevedo. A residência fica ao lado da casa da família de Rosiane e Tayanara.
O corpo de Rosiane foi encontrado no porta-malas de um carro carbonizado, na cidade vizinha Matupá, a 696 km da capital, no dia 7 de setembro. Já a irmã levou um tiro na cabeça, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, no dia 23 do mesmo mês e morreu.
Conforme o delegado Geraldo Gezzoni, que investiga os crimes, os suspeitos, marido, mulher e filho, moravam de favor na casa cedida pela proprietária há aproximadamente 10 anos, até que ela pediu a casa de volta, recentemente.
No entanto, a família se recusou a sair e entrou com uma ação na Justiça pedindo o direito de posse da propriedade. O pai Tayanara é testemunha da dona da casa nesse processo e, por causa disso, em retaliação, os suspeitos teriam supostamente assassinado a enteada e a filha dele.
A cinco dias da audiência referente à essa ação, o marido da dona da casa, Eloi Antônio Altenhofen, 51 anos, foi assassinado, numa propriedade rural da família, naquele município, no dia 29 de junho. Ele foi morto por duas pessoas que invadiram a casa da família, segundo a polícia. A mulher da vítima conseguiu fugir do local para pedir socorro. "Ela fugiu pelos fundos da casa e viu dois homens. Tudo indica que sejam pai e filho que moram nessa casa [de propriedade dela]", afirmou o delegado.
Marido e filho da proprietária da casa também foram mortos num intervalo de 20 dias
Segundo Gezzoni, a bala retirada do corpo de Tayanara foi encaminhada para exames e a balística comprovou que ela partiu da mesma arma que matou Eloi e o filho dele, Rogério da Silva Oliveira, de 40 anos. O enteado dele, que é filho da dona da casa, foi assassinado no dia 20 de julho, dentro de casa, também em Peixoto de Azevedo.
A polícia apurava as mortes de padrasto e enteado e, numa investigação paralela acerca do assassinato de Tayanara, ouviu o pai da jovem. Em depoimento, ele contou sobre um desentendimento com os vizinhos por causa dessa casa.
Foi pedida e concedida pela Justiça as prisões dos três suspeitos, José Gomes Cardoso, Deivison Takesk e Vilma Yoshito Cardoso, cujas idades não foram informadas, além de um mandado de busca e apreensão na casa da família. Durante o cumprimento do mandado, na sexta-feira, a polícia encontrou uma arma. Esse revólver apreendido ainda será encaminhado para perícia, que deverá apontar se ele foi usado para matar as quatro vítimas.
A suposta participação de outras pessoas nesses crimes ainda está sendo investigada. Os suspeitos estão presos temporariamente. Nesse caso, devem permanecer presos por 30 dias. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias.
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