Alexandre Romano foi preso na Lava-Jato sob suspeita de operar fraudes na Consist. Ele foi preso na 18ª fase da Operação Lava-Jato.
Por CAROLINA BRIGIDO
BRASÍLIA – Decisão tomada nesta quinta-feira pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve preso o ex-vereador do PT Alexandre Romano, preso na Lava-Jato sob a suspeita de ser o operador de fraudes na empresa Consist. A empresa teria pago propina para funcionários do Ministério do Planejamento e também para a campanha da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR).
Na decisão, Toffoli lembrou que, na quarta-feira, o STF considerou que o esquema não integra a Lava-Jato e mandou o processo para a Justiça Federal de São Paulo. Por isso, o ministro não decidiu o pedido de liberdade. Informou que o investigado teria de recorrer ao juiz paulista sorteado para conduzir o caso. “Não cabe mais ao Supremo Tribunal Federal, em razão da declinação de sua competência, apreciar o pleito de revogação da prisão preventiva de Alexandre Corrêa de Oliveira Romano, o qual deverá ser renovado perante o juízo competente da Seção Judiciária do Estado de São Paulo”, escreveu o ministro.
Romano está na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Segundo Toffoli, ele deverá ser transferido para São Paulo, para onde o processo será conduzido. No pedido feito ao STF, a defesa alega que, por ser advogado, Romano deveria estar em uma sala especial. O benefício está previsto na lei de 1994, que contém o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Toffoli afirmou que não tem informações suficientes para verificar que a legislação está sendo desrespeitada, porque não conhece as condições da prisão.
Romano foi preso em 13 de agosto por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato em Curitiba. “Necessária a prisão preventiva para proteção da ordem pública, em vista da gravidade em concreto dos crimes em apuração e da necessidade de prevenir a sua reiteração, já que o esquema criminoso é sistêmico e, no presente caso, prolongou-se mesmo após o início da Operação Lava-Jato, estendendo-se até o presente ano”, escreveu Moro.
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